Comecei a saber o que era café especial em 2011 onde tudo mudou, meu esposo Maurilio muito desanimado com o sitio, ele tentava me convencer a vender e ir embora para a cidade, mas eu não me deixava convencer. Apesar das dificuldades do meio rural eu adoro estar na roça, trabalhando com café, nessa época sabíamos que nossos cafés era bons apenas isso. Então formamos uma associação e juntos conseguimos conhecer melhor nossos cafés, saber o diferencial entre bebidas e saber o que é café especial, enviamos amostra de um lote de café burbom amarelo para o concurso BSCA, e para nossa surpresa conseguimos o 10 lugar na colocação como foi bom quando digo que foi bom, é porque foi bom em tudo, foi um remédio para o Maurilio, ele se animou com o sítio, hoje participo de vários concursos, onde sempre estamos la. Ainda luto com o desanimo do Maurilio, mas mesmo assim a minha paixão pelo café continua aumentando cada vez mais. Vendo meus filhos ali crescendo e se interessando pelo café. Minha filha Andressa com 20 anos é minha parceira uma produtora de café especial. O bruno com 14 anos já se encanta pelos cafés, sonha em ser barista, mas com sua pouca idade não consegue fazer cursos pelo meio do senar, mas fico orgulhosa de ver que o meio rural com cafés especiais agrega muito potencial não só porque ganho algumas premiações, mais sim porque vou ter sucessores , hoje tenho meu talhão de café não é fácil, pois com o desanimo do Maurilio contamos mesmo com nossos esforços,temos que fazer quase tudo sem um implemento agrícola para poder nos ajudar no dia a dia, secamos nossos cafés em terreiros suspensos e de concreto,assim fazemos micro lotes e sempre buscando conhecimento para assim superar alguns obstáculos que surgem e também melhorando a qualidade do café.